"A violência organizada do estado reprime as formas cotidianas de conflito que a concentração de poder político e econômico produz. Reprime, inclusive, a revolta daqueles que estão excluídos da espiral de consumo conspícuo que é alimentada por um discurso ideológico quase onipresente e que se tornou crucial para a reprodução do capitalismo desenvolvido. Essa violência ocorre tanto dentro da letra estrita da lei quanto às suas margens, pela ativação de códigos que estão subjacentes ao ordenamento social, mas que a pressão dos grupos subalternos conseguiu que fossem eliminados das normas oficiais."
MIGUEL, L. F. (2014)